Um moço de pele clara e roupas escuras era visto nas noites de lua cheia andando no mundo moderno do nordeste do Brasil nos anos de 2040. Sua forma quase transparente era percebida longe de todo movimento de carros, tecnologias e invenções dos atuais dias.
Freqüentar teatros, museus, concertos de músicas era quase certo a presença deste “ser” tão enigmático. Ninguém sabia de onde ele vinha, nem para onde iria, mas todos já se acostumaram com a aparição daquela silhueta presente no meio clássico resistente no mundo moderno.
Esse senhor, de aparência misteriosa dificilmente contatava as pessoas, demonstrando terror. Seu rosto raramente era flagrado, apesar de sua postura ser real. E sua presença não provocava quaisquer sensações de que realmente existia algo físico naquele ser tão leve.
Por onde andava fazia anotações, não era visto durante o dia, abusava da luz lunar. As pessoas comentavam vê-lo freqüentar catedrais românticas, e principalmente biblioteca, na qual sempre tirava um livro de dentro de suas roupas e deixava, enriquecendo o acerco por onde passava. Quase certo também era a atitude de todos correndo para ver o novo livro deixado na biblioteca após a retirada desse homem tão misterioso. Eles (os livros deixados) falavam de contos místicos, de temática vampiresca, e de interpretações históricas.
Os moradores, já acostumados com esse ser misterioso e tão radiante, usavam várias formas e contos para tentar entender o surgimento e a permanência dele por aqueles lugares. Não se sabe ao certo, mas muitas explicações apontavam o cemitério como sua casa, já que todas as noites ele era visto nas redondezas.
O que mais chamou a atenção dos moradores foi que em um dos livros deixado pelo ser misterioso, o próprio, conta a estória de um jovem que sempre lutou por sua eternidade, um jovem comunicativo e estudioso, amante da música e da literatura. Que depois passou a sentir a vida desgastante e sofrida, e percebendo sua velhice e decadência na face, buscou a solução para a vida eterna, já que temia a morte como fracasso da vida. Esse jovem havia descoberto há três décadas, no final do ano de 2008, através de seus estudos vampirescos a forma de viver para sempre, conquistando seu maior desejo físico, de ter a aparência rejuvenescida, livre de todo cansaço de toda decadência que sentira. Tinha encontrado a solução de se manter eterno, e que a morte estava associada a um sono, podendo assim acordar. Revela no livro que essa eternidade seria com o seu desaparecimento físico imediato, se retirando para o cemitério e caindo em seu primeiro profundo sono. Desde então esse ser buscava saciar seus gostos em plenas noites de lua cheia, décadas e décadas depois, sem perder o costume e de posse da eternidade.
Os populares passaram a interpretar que o moço de pele clara e roupas pretas era o próprio da história por ele relatado no livro. E que sua morte no final do ano de 2008 o fazia ressuscitar todas as noites de lua cheia, e assim permaneceria vivo pela eternidade.
NETOgothic 24/12/2008
AMEI SEUS RELATOS!!!LAYSE RENIELLE
ResponderExcluirAmei !!!!
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